Fábio é autor dos livros “Colapso Abstrato” e "O Trono Vazio", obras que refletem sua paixão pela escrita e seu desejo de contar histórias que vão além dos estereótipos convencionais.


Fabio Marcelo Tanwing Saavedra, escritor de livros — Foto: Reprodução

Porto Velho, RO - Fábio Marcelo Tanwing Saavedra, de 22 anos, é um exemplo de superação: filho de uma família migrante, superou as expectativas médicas e se destacou como acadêmico e autor de livros. O jovem enfrenta desafios impostos pela paralisia cerebral (PC) e pela hemiparesia, que afeta membros superiores e inferiores.

Fábio é formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e possui mestrado em Design de Games. Além disso, ele é autor dos livros “Colapso Abstrato” e "O Trono Vazio", obras que refletem sua paixão pela escrita e seu desejo de contar histórias que vão além dos estereótipos convencionais.

A carreira de escritor começou com um poema chamado Vigilante, ele foi escrito durante o ensino médio e inspirado por sua professora Andrirlei Sousa. Esse poema foi essencial para o desenvolvimento de Colapso Abstrato, seu primeiro livro.

Fabio Marcelo Tanwing Saavedra, escritor livros — Foto: Reprodução

Para Fábio, a escrita é uma forma de expressar os sentimentos e criar um universo onde pode ser livre. Segundo ele, a criação literária também o ajudou a lidar com a solidão.

“Minha vida foi marcada desde o primeiro momento pelo impedimento da deficiência e tudo o que ela representava. Aos poucos, eu encontrei na leitura uma forma de fugir das limitações impostas pela condição física", disse.

Seus projetos literários mais recentes estão ligados a uma saga chamada “Hartzverso”, inspirada em sua convivência com Renan Everardo Valinote, um amigo autista de coração generoso, que ajudou a moldar o personagem principal, o Príncipe Asterous.

"Aos 12 anos, encontrei inspiração na literatura, especialmente ao ler introduções de livros que abordavam o tema de superação e aventura, como a série Percy Jackson”, ressaltou.

Segundo Fábio, o segundo livro da saga é uma “carta” dedicada à criança que sofreu bullying e foi chamada de “estranha”, uma homenagem à sua própria jornada de superação e autoconhecimento.

Seus objetivos e sonhos são movidos por uma profunda vontade de continuar se desenvolvendo e inspirando outras pessoas com sua trajetória, provando que a força de vontade e o apoio das pessoas certas podem tornar qualquer sonho possível.

“Colapso Abstrato” foi produzido com recursos do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) por meio de um edital. Então como todo recurso público, ele não pôde ser comercializado. Já o “Trono Vazio", está disponível para venda, com versão em espanhol.

Fonte: G1-Rondônia