Por causa da falta de água, moradores não conseguem fazer necessidades básicas, como cozinhar. Ao g1, a prefeitura de Porto Velho disse que solicitou apoio da Caerd para atender a população de Jaci-Paraná.
Porto Velho, RO - Moradores do distrito de Jaci-Paraná, a 90 km de Porto Velho, estão há cerca de três meses sem água para necessidades básicas, como beber e cozinhar. Segundo relatos ao g1, mais de 500 famílias não possuem acesso à água encanada e dependem de poços que secaram. (Veja no vídeo acima)
A região é banhada pelo Rio Madeira, que atingiu cota mínima histórica de 19 centímetros há pouco mais de uma semana. O rio oscilou positivamente desde então, mas não o suficiente para encobrir os bancos de areia gigantes e abastecer os moradores que viram os poços secarem.
🔎Com mais de 3,2 mil quilômetros de água doce, o Madeira é um dos maiores do Brasil e do mundo, além do mais longo e importante afluente do rio Amazonas.
Veja o vídeo abaixo:
https://g1.globo.com/ro/rondonia/video/seca-deixa-mais-de-500-familias-sem-agua-em-distrito-de-porto-velho-13028998.ghtml
Maria Francineide, moradora em Jaci-Paraná e relata que a falta de água potável, usada para necessidades básicas como tomar banho e fazer comida, atinge cerca de 500 famílias. O distrito fica a cerca de 90 km da zona urbanizada de Porto Velho.
Os moradores não são atendidos com água encanada e tratada. Por esse motivo, precisam recorrer aos poços amazônicos, que secaram devido à seca extrema do rio Madeira. A pouca água que eles conseguem retirar é extremamente suja. (Veja na imagem abaixo)
Água que 500 famílias tem a disposição para uso no distrito de Jaci-Paraná — Foto: Reprodução
A moradora conta que não tem assistência da prefeitura de Porto Velho ou de qualquer outro órgão. A ajuda que a população recebe é de voluntários que ajudam os moradores das regiões afetadas, com doação de água mineral e de caminhões-pipa.
De acordo com Francineide, muitos moradores tentaram cavar poços para buscar água, mas não conseguiram encontrar. Mesmo com as chuvas que caíram na região, a falta do recurso hídrico persiste na região.
“Agora deu duas chuvas, mas infelizmente não adiantou nada. Os poços continuam do mesmo jeito”, desabafa Frencineide.
Voluntários ajudando moradores com água de caminhão pipa. — Foto: Reprodução
A seca afeta também a rotina das crianças, Fracineide conta que os pequenos vão para a escola sem tomar banho e se alimentam inadequadamente, pois as famílias não conseguem cozinhar sem água.
Ao g1, a prefeitura de Porto Velho disse que solicitou apoio da Caerd para atender a população de Jaci-Paraná. A Caerd não respondeu a tentativa de contato do g1 até a última a publicação desta reportagem.
Vida paralisada
Pela primeira vez na história, o Porto de Cargas de Porto Velho, vital para o escoamento de produtos como soja e biocombustíveis, foi paralisado. As operações foram suspensas no dia 23 de setembro, à medida que o rio se tornou inavegável para grandes embarcações.
Duas das maiores hidrelétricas do Brasil, Jirau e Santo Antonio, instaladas no rio Madeira, operam com apenas parte das unidades geradoras por causa da seca, já que a vazão do rio reduziu mais que o esperado e pode comprometer a integridade das máquinas.
A seca tem forçando os moradores do distrito de Calama, em Porto Velho, a desenvolverem novas estratégias de navegação. Pescadores, como Moises Correia, usam as hélices de embarcação para criar "caminhos" na lama.
Ribeirinhos agora caminham por antes era possível andar de barco. A imensidão de água se transformou em um deserto de areia.
Maria Francineide, moradora em Jaci-Paraná e relata que a falta de água potável, usada para necessidades básicas como tomar banho e fazer comida, atinge cerca de 500 famílias. O distrito fica a cerca de 90 km da zona urbanizada de Porto Velho.
Os moradores não são atendidos com água encanada e tratada. Por esse motivo, precisam recorrer aos poços amazônicos, que secaram devido à seca extrema do rio Madeira. A pouca água que eles conseguem retirar é extremamente suja. (Veja na imagem abaixo)
Água que 500 famílias tem a disposição para uso no distrito de Jaci-Paraná — Foto: Reprodução
A moradora conta que não tem assistência da prefeitura de Porto Velho ou de qualquer outro órgão. A ajuda que a população recebe é de voluntários que ajudam os moradores das regiões afetadas, com doação de água mineral e de caminhões-pipa.
De acordo com Francineide, muitos moradores tentaram cavar poços para buscar água, mas não conseguiram encontrar. Mesmo com as chuvas que caíram na região, a falta do recurso hídrico persiste na região.
“Agora deu duas chuvas, mas infelizmente não adiantou nada. Os poços continuam do mesmo jeito”, desabafa Frencineide.
Voluntários ajudando moradores com água de caminhão pipa. — Foto: Reprodução
A seca afeta também a rotina das crianças, Fracineide conta que os pequenos vão para a escola sem tomar banho e se alimentam inadequadamente, pois as famílias não conseguem cozinhar sem água.
Ao g1, a prefeitura de Porto Velho disse que solicitou apoio da Caerd para atender a população de Jaci-Paraná. A Caerd não respondeu a tentativa de contato do g1 até a última a publicação desta reportagem.
Vida paralisada
Pela primeira vez na história, o Porto de Cargas de Porto Velho, vital para o escoamento de produtos como soja e biocombustíveis, foi paralisado. As operações foram suspensas no dia 23 de setembro, à medida que o rio se tornou inavegável para grandes embarcações.
Duas das maiores hidrelétricas do Brasil, Jirau e Santo Antonio, instaladas no rio Madeira, operam com apenas parte das unidades geradoras por causa da seca, já que a vazão do rio reduziu mais que o esperado e pode comprometer a integridade das máquinas.
A seca tem forçando os moradores do distrito de Calama, em Porto Velho, a desenvolverem novas estratégias de navegação. Pescadores, como Moises Correia, usam as hélices de embarcação para criar "caminhos" na lama.
Ribeirinhos agora caminham por antes era possível andar de barco. A imensidão de água se transformou em um deserto de areia.
Fonte: G1-Rondônia
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