Porto Velho, RO - O presidente da Argentina, Javier Milei, virá ao Brasil pela primeira vez em seu mandato neste final de semana. Ele não se encontrará com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas tem jantar previsto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A viagem acontece após críticas diretas ao presidente Lula e de o chefe de Estado argentino cancelar participação na cúpula do Mercosul, em Assunção, no Paraguai, marcada para a próxima segunda-feira (8).
Veja o que se sabe sobre a vinda de Javier Milei ao Brasil:
Quando Javier Milei virá ao Brasil?
Javier Milei embarcará para o Brasil no sábado (6).
A volta para a Argentina está prevista para o domingo (7).
O que Milei fará no Brasil?
O presidente argentino participará da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), um fórum de direita que será realizado no Balneário Camboriú (SC), segundo confirmaram integrantes da Casa Rosada.
No domingo (7), o argentino deve fazer uma palestra na CPAC. A ideia do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), fundador do evento, é que Milei encerre o ciclo de palestra, mas dependerá da disponibilidade de agenda do argentino.
Os detalhes da agenda ainda estão sendo fechados.
Segundo o site oficial da CPAC, o evento é “o maior e mais influente encontro de conservadores do mundo”. Ele foi criado em 1973 pelos grupos American Conservative Union (ACU) e Young Americans for Freedom (YAF).
No Brasil, a primeira edição da conferência aconteceu em 2019, “originado da relação entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro e Matt Schlapp, presidente da ACU”.
O ingresso para dois dias da edição de 2024 custa R$ 249.
Milei se encontrará com Lula? E com Bolsonaro?
Javier Milei não se encontrará com o presidente, segundo confirmou o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, após pergunta da CNN em coletiva de imprensa.
“Não vamos nos encontrar com Lula”, disse.
Javier Milei não se encontrará com o presidente, segundo confirmou o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, após pergunta da CNN em coletiva de imprensa.
“Não vamos nos encontrar com Lula”, disse.
Presidente argentino Javier Milei em Córdoba / 25/5/2024 REUTERS/Leandro Bustamante Gomez
Entretanto, Javier Milei tem um jantar marcado com Jair Bolsonaro no sábado (6).
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) confirmou que o encontro entre o líder argentino e o ex-presidente brasileiro está marcado, segundo informou Jussara Soares, analista de Política da CNN.
Participação “imprevisível”, avalia governo Lula
Integrantes do governo Lula avaliam que a participação do presidente Milei no evento conservador é “imprevisível”.
A avaliação é de que Milei, incentivado por bolsonaristas e na busca por se consolidar como uma liderança da direita, tende a subir o tom com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A depender do que for dito e do contexto da agenda, assessores da área internacional relatam que o governo brasileiro não descarta consequências diplomáticas.
Integrantes do governo Lula avaliam que a participação do presidente Milei no evento conservador é “imprevisível”.
A avaliação é de que Milei, incentivado por bolsonaristas e na busca por se consolidar como uma liderança da direita, tende a subir o tom com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A depender do que for dito e do contexto da agenda, assessores da área internacional relatam que o governo brasileiro não descarta consequências diplomáticas.
Além de Milei, quem mais participará da CPAC no Brasil?
Além de Javier Milei, outros três palestrantes internacionais foram confirmados pelo Instituto Conservador Liberal (ICL), que organiza a CPAC.
Um deles é o político chileno José Antonio Kast, que é presidente da legenda de direita radical Partido Republicano. Em 2021, Kast perdeu o segundo turno das eleições presidenciais para o atual chefe do Executivo do Chile, Gabriel Boric.
A segunda participação internacional é a de Gustavo Villatoro, que é ministro da Justiça e Segurança Pública de El Salvador. Ao lado do presidente salvadorenho, Nayib Bukele, Villatoro é um dos responsáveis pela política de prisões em massa que está sendo coordenada por Bukele.
O outro palestrante de fora do País é o ator e cantor mexicano Eduardo Verástegui, conhecido por ser um ferrenho crítico do direito ao aborto.
Aliado do ex-presidente Bolsonaro, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), também vai palestrar na CPAC Brasil. Outro representante do Estado no evento será o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL).
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também deve palestrar durante o encontro de políticos de direita.
Além de Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também deve comparecer ao CPAC Brasil, mas ainda não se sabe se ela vai conduzir uma palestra.
Confirmaram presença ao evento diversos deputados bolsonaristas como Ricardo Salles (PL-SP), Zucco (PL-RS), Nikolas Ferreira (PL-MG), Júlia Zanatta (PL-SC), Filipe Barros (PL-PR), Mário Frias (PL-SP), Gustavo Gayer (PL-GO) e Luiz Phillipe de Orléans e Bragança (PL-SP).
Quem também vai discursar no evento é a deputada Caroline de Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, o colegiado mais importante da Câmara. No Senado, o nome já anunciado é do senador Magno Malta (PL-ES).
Além de Javier Milei, outros três palestrantes internacionais foram confirmados pelo Instituto Conservador Liberal (ICL), que organiza a CPAC.
Um deles é o político chileno José Antonio Kast, que é presidente da legenda de direita radical Partido Republicano. Em 2021, Kast perdeu o segundo turno das eleições presidenciais para o atual chefe do Executivo do Chile, Gabriel Boric.
A segunda participação internacional é a de Gustavo Villatoro, que é ministro da Justiça e Segurança Pública de El Salvador. Ao lado do presidente salvadorenho, Nayib Bukele, Villatoro é um dos responsáveis pela política de prisões em massa que está sendo coordenada por Bukele.
O outro palestrante de fora do País é o ator e cantor mexicano Eduardo Verástegui, conhecido por ser um ferrenho crítico do direito ao aborto.
Aliado do ex-presidente Bolsonaro, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), também vai palestrar na CPAC Brasil. Outro representante do Estado no evento será o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL).
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também deve palestrar durante o encontro de políticos de direita.
Além de Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também deve comparecer ao CPAC Brasil, mas ainda não se sabe se ela vai conduzir uma palestra.
Confirmaram presença ao evento diversos deputados bolsonaristas como Ricardo Salles (PL-SP), Zucco (PL-RS), Nikolas Ferreira (PL-MG), Júlia Zanatta (PL-SC), Filipe Barros (PL-PR), Mário Frias (PL-SP), Gustavo Gayer (PL-GO) e Luiz Phillipe de Orléans e Bragança (PL-SP).
Quem também vai discursar no evento é a deputada Caroline de Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, o colegiado mais importante da Câmara. No Senado, o nome já anunciado é do senador Magno Malta (PL-ES).
Milei fora Cúpula do Mercosul e declarações contra Lula
Recentemente, Lula afirmou que Milei deveria pedir desculpas por ter dito “muita bobagem”. Em seguida, o chefe de Estado Argentino reiterou considerar que o presidente brasileiro é “corrupto”.
Questionado pela CNN sobre se a decisão de cancelar a ida, na próxima segunda-feira (8) à Cúpula Mercosul, em Assunção, no Paraguai, teria relação com esses fatos, o porta-voz Manuel Adorni garantiu que não.
“O presidente jamais deixaria de ter uma atividade por coisas que disse. Isso não vai acontecer nem agora com o tema Lula, nem em nenhuma outra circunstância”, destacou Adorni, garantindo que Milei não tem problema de participar de eventos em que Lula e outros presidentes com os quais tenha diferenças ideológicas estejam.
Adorni qualificou a distância ideológica entre Milei e Lula como “astronômica”, mas disse que “nunca” deixariam de ir a um evento por esse motivo.
Recentemente, Lula afirmou que Milei deveria pedir desculpas por ter dito “muita bobagem”. Em seguida, o chefe de Estado Argentino reiterou considerar que o presidente brasileiro é “corrupto”.
Questionado pela CNN sobre se a decisão de cancelar a ida, na próxima segunda-feira (8) à Cúpula Mercosul, em Assunção, no Paraguai, teria relação com esses fatos, o porta-voz Manuel Adorni garantiu que não.
“O presidente jamais deixaria de ter uma atividade por coisas que disse. Isso não vai acontecer nem agora com o tema Lula, nem em nenhuma outra circunstância”, destacou Adorni, garantindo que Milei não tem problema de participar de eventos em que Lula e outros presidentes com os quais tenha diferenças ideológicas estejam.
Adorni qualificou a distância ideológica entre Milei e Lula como “astronômica”, mas disse que “nunca” deixariam de ir a um evento por esse motivo.
Fonte: CNN Brasil
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