O ator participou do podcast Selfie Service, comandado por Lucas Selfie, e garantiu que seu casamento era “hétero de verdade”
Porto Velho, RO - Não é de hoje que afirmam que o casamento de Reynaldo Gianecchini e Marília Gabriela era falso, e o ator resolveu colocar um ponto final nessas especulações. Ele participou do podcast Selfie Service, comandado por Lucas Selfie, e garantiu que seu casamento era “hétero de verdade”.
“Eu vivi um casamento hétero de verdade, a minha sexualidade é fluída, sim, eu não aceito e não admito ninguém falar ou contar sobre a sexualidade. A minha sexualidade conto eu, se quiser, e nem quero mais contar”, disparou ele.
O assunto veio à tona quando o tema sexualidade foi levantado: “Sexualidade passa por muitas coisas, passa pela questão de afeto, é contraditória, demora a se entender, e as pessoas perdem muito tempo querendo falar da sexualidade do outro”, afirmou ele.
E continuou seu relato: “Você não reescreve a sexualidade de ninguém, você não sabe o que se passa na vida das pessoas. As pessoas ficaram falando a vida inteira sobre a minha sexualidade. Antes era porque eu não saia do armário. Agora, eu saí do armário. [Falam] ‘usufruiu da vida de hétero e agora tá querendo lacrar’. Cara, como assim?”, questionou.
Reynaldo Gianecchini revelou, ainda, que as críticas após falar abertamente sobre sua sexualidade vieram de todos os lados: “É muita gente homofóbica, são muitos comentários homofóbicos, falando que eu não representava ninguém, que é um absurdo né, essa parcela da comunidade LGBT não me acolher”, reclamou.
Logo depois, o ator mostrou que não tem mais paciência com certas coisas: “A sexualidade é minha, quem contra sou eu, isso se eu quiser contar. Eu não aguento mais, as pessoas ainda me cobram para sair do armário”, detonou.
Assista a entrevista completa
Foto de drag para lembrar a luta contra LGBTfobiaReynaldo Gianecchini apareceu no Instagram, no dia 18 de maio, vestido de drag para lembrar a luta contra LGBTfobia. O objetivo da postagem do ator, que está no elenco do musical Priscilla, a Rainha do Deserto, era marcar o Dia Internacional contra a LGBTfobia, que foi celebrado no dia anterior.
“Ontem foi Dia Internacional da Luta Contra LGBTfobia! As fotos são da preparação pra viver uma drag em @priscillarainhadodesertobr. Eu tenho muito orgulho de fazer esse espetáculo e tô loko pras vocês virem com a gente!”, afirmou ele na legenda das fotos.
Nos comentários, os seguidores enviaram muitas mensagens de apoio à causa e elogios: “Eu sou hétero e não incomoda, aliás não deveria incomodar ninguém. Nunca me atraí por homem nem por personagem, mas sempre gostei de todos os bons talentos da TV. Ele, com certeza, é um bom profissional e boa pessoa, pois transparece no sorriso. As pessoas estão doentes por se acharem donos da razão e das escolhas alheias. Deveria ser assim: se te faz feliz, seja feliz. Felicidade não devia incomodar ninguém”, afirmou um. “Eita bicho que fica lindo de qualquer jeito ❤️”, babou outra. “Se eu tivesse esse sorriso…. O resto eu corria atrás 😍”, declarou uma terceira.
Como não podia ser diferente, também houve muita gente com falar homofóbicas: “Saudade da minha infância! Naquele tempo não tinha nada disso!!”, escreveu uma. “Nossa quem é a moça ou melhor, senhora?”, questionou outro. “Decepcionada é pouco. Meu namorado de infância se tornou isso. 😢😢😢”, postou uma terceira. “Anos 80 e anos 90 não tinha isso, não. O mundo tá tão esquisito 😢”, reclamou mais uma.
Alguns fãs de Reynaldo Gianecchini se incomodaram com a quantidade de comentários desnecessários: “Gente, quanto comentário amargo, eu hein. Ele já falou sobre sua sexualidade. Pra quê tanta crítica?”, quis saber uma. “Que raiva desse povo falando besteiras nos comentários”, detonou outra. “É tanta ignorância nos comentários. E aí a gente entende o por quê de muita coisa! 😢”, disse uma terceira. “Lendo os comentários aqui, vejo o quanto a felicidade alheia incomoda muita gente, né? Quanta amargura. Ser feliz é tão simples, vou deixar um recadinho pra vocês: se cada um cuidar da própria vida, a forma de viver do outro não é de interesse seu!”, disparou mais uma.
“Somos sexualmente reprimidos”, disse o ator
Em entrevista à Veja, em setembro do ano passado, Reynaldo Gianecchini falou sobre como a sociedade brasileira ainda enxerga a homossexualidade como um tabu. Segundo o ator, o país ainda é muito reprimido sexualmente.
“A gente é um país ainda muito reprimido, isso é uma das coisas mais terríveis, mais causadoras de problemas. Somos sexualmente reprimidos. Por isso as pessoas querem cuidar da sexualidade alheia, saber se o ator é não sei o quê. Se você está reprimido, julga o outro, porque não quer olhar para sua direção”, afirmou Reynaldo.
O artista ainda mencionou a dificuldade em ser homem devido ao machismo estrutural presente no país. “Ser homem no Brasil desde criança é difícil, porque você geralmente é criado para ser um menino que tem que ser duro, bom no esporte, viril, que não pode chorar”, pontuou.
Reynaldo Gianecchini completou: “Sempre fui muito sensível, fui criado por mulheres, em uma família de mulheres. Então sempre achei difícil viver nesse mundo masculino”, concluiu ele.
Em entrevista à Veja, em setembro do ano passado, Reynaldo Gianecchini falou sobre como a sociedade brasileira ainda enxerga a homossexualidade como um tabu. Segundo o ator, o país ainda é muito reprimido sexualmente.
“A gente é um país ainda muito reprimido, isso é uma das coisas mais terríveis, mais causadoras de problemas. Somos sexualmente reprimidos. Por isso as pessoas querem cuidar da sexualidade alheia, saber se o ator é não sei o quê. Se você está reprimido, julga o outro, porque não quer olhar para sua direção”, afirmou Reynaldo.
O artista ainda mencionou a dificuldade em ser homem devido ao machismo estrutural presente no país. “Ser homem no Brasil desde criança é difícil, porque você geralmente é criado para ser um menino que tem que ser duro, bom no esporte, viril, que não pode chorar”, pontuou.
Reynaldo Gianecchini completou: “Sempre fui muito sensível, fui criado por mulheres, em uma família de mulheres. Então sempre achei difícil viver nesse mundo masculino”, concluiu ele.
Fonte: Metrópoles
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