Escolas cariocas e paulistas importam artistas e técnicas do festival há décadas
Porto Velho, RO - O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Gabriel David, esteve no Amazonas, no último fim de semana, para prestigiar o Festival de Parintins.
A viagem do mandatário da entidade que organiza os desfiles na capital Fluminense reforça o intercâmbio cultural entre as escolas de samba e os bois-bumbás Caprichoso e Garantido, cujos profissionais são tradicionalmente contratados pelas agremiações de São Paulo e Rio de Janeiro para a construção das alegorias que serão apresentadas ao público no Carnaval.
Os artistas parintinenses e suas tecnologias fazem dupla jornada: do Carnaval até o meio do ano eles se dedicam ao festival amazonense; daí em diante, é a vez das escolas de samba virarem seu local de trabalho.
A própria Viradouro, escola campeã do Carnaval 2024, usou das técnicas do Boi Caprichoso, campeão do Festival de Parintins deste ano, para construir o desfile que lhe rendeu o tricampeão. O boi-bumbá parabenizou a agremiação de Niterói pela vitória na folia carioca e celebrou o artista Naruna, que atuou na construção do desfile da vermelho e branco.
“A escola campeã tem o DNA parintinense e Caprichoso, com o artista Nildo Costa, o Naruna. Sua jornada como artista no Caprichoso o preparou para os grandes palcos, onde sua criatividade e dedicação se tornaram a matéria-prima de espetáculos inesquecíveis”, diz a publicação do Caprichoso.
Essa importação das tecnologias do Festival de Parintins para os Carnavais de São Paulo e Rio de Janeiro existe há décadas e tem como ponto de partida o ano de 1998, quando o Salgueiro homenageou em seu desfile a ilha que é palco do confronto entre Caprichoso e Garantido. O cortejo da escola do Andaraí, bairro da zona norte do Rio, inaugurou uma nova era no universo das escolas de samba ao trazer alegorias com movimentos ousados, característica dos bois-bumbás.
Veja abaixo o vídeo postado por Gabriel David:Fonte: CNN Brasil
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