BCs dos EUA, Japão e Brasil divulgam taxas nesta quarta-feira (31)

Porto Velho, RO - O Ibovespa recua e o dólar opera em alta ante o real nesta terça-feira (30), com mercados em todo o mundo à espera de decisões sobre os juros nos Estados Unidos, Japão e Brasil, que serão publicadas na quarta-feira (31).

O desempenho da bolsa brasileira também é prejudicado pelo declínio do minério de ferro e do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros repercutiam um noticiário corporativo intenso, incluindo dados de produção da Petrobras e os resultados de Klabin, CCR e Telefônica Brasil.

Por volta das10h55, o principal índice do mercado doméstico perdia 0,5%, na faixa dos 126 mil pontos, com pressão negativa da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).

O desempenho do Ibovespa ocorre em meio ao cenário de alta nos primeiros negócios em Wall Street e sem direção definida nas principais praças da Europa.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, com destaque negativo nos mercados da China diante do aumento do pessimismo em relação às perspectivas econômicas do país.

Na mesma hora, o dólar se fortalecia ante o real, com avanço próximo de 0,7%, negociado ao redor de R$ 5,65. O dólar encerrou a véspera com queda de 0,58%, a R$ 5,625.


Expectativa com juros

As atenções dos investidores estão nas reuniões de autoridades monetárias. Nos Estados Unidos, a expectativa é que o Federal Reserve (Fed) mantenha as taxas entre a banda de 5,25% – 5% pela última vez e dê sinais de cortes a partir de setembro.

Os juros norte-americanos estão no patamar mais alto em mais de duas décadas na luta da autoridade monetária em trazer a inflação de volta à meta de 2%.

Já no Brasil, as apostas estão também na manutenção da Selic no patamar de 10,5% em meio ao aumento das expectativas da inflação pelo mercado financeiro.

Nesta segunda (29), analistas consultados pelo Boletim Focus voltaram a ver o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais pressionado em 2024, na casa de 4,1%, ante expectativa de 4,05% na semana anterior.

Para 2025, a previsão agora é de uma alta de 3,96%, ante 3,9% no documento anterior.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Cortes no Orçamento

No noticiário doméstico, o governo federal deve publicar no fim da tarde desta terça os detalhes do congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento para cumprir a meta fiscal de 2024.

O montante já havia sido confirmado pelo Executivo nas últimas semanas em meio a desconfiança de parte do mercado sobre se o valor anunciado será o suficiente para manter o compromisso com as contas públicas.

Mais cedo, ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que todos os ministérios “darão a contribuição”.

“O recurso para o Rio Grande do Sul está destacado. O que posso adiantar é que todos os ministérios darão alguma contribuição para somar esses R$ 15 bilhões”, afirmou o ministro em entrevista à Rádio Gaúcha.

Fonte: CNN Brasil