Porto velho, RO - Uma cena inacreditável chocou a população de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Na manhã desta segunda-feira (11), um pai de uma criança invadiu a Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça e agrediu uma colega de seu filho, uma garotinha negra de 4 anos.
O caso foi parar Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) e toda a agressão foi registrada pelo circuito interno de segurança da unidade de ensino. Segundo testemunhas, o homem ficou extremamente irritado ao deixar seu filho de 4 anos na escola e ver, em seguida, ele sendo abraçado pela colega.
Identificado pela imprensa de Campo Grande como Kelver, de 32 anos, ele invadiu a parte interna da escola e empurrou a menina, que estava com uma mochila de rodinhas cor-de-rosa. Na sequência, apontou o dedo para o rosto da criança, gritou e tirou seu filho de perto dela.
A diretora da escola, uma mulher de 69 anos, tentou retirar o homem do local e também foi agredida. A Guarda Civil Municipal (GCM), então, foi acionada pela equipe da unidade de ensino e os agentes conduziram os envolvidos para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), onde foi feito um Termo Circunstancial de Ocorrência
À polícia, o homem, que nas redes sociais costuma a postar fotos de apoio a Jair Bolsonaro e mensagens atreladas ao discurso da extrema direita, disse que o filho tem "fobia e não gosta que abracem ele" e que teria pedido para a monitora e para a diretora afastar a menina dele, mas que ninguém havia acatado seu pedido e, por isso, teria ficado nervoso.
No boletim de ocorrência consta, ainda, a informação de que o pai já havia orientado seu filho a "bater" na menina caso ela se aproximasse. A advogada da família da criança agredida, Lione Balta Cardozo, não descarta a possibilidade de que a agressão tenha sido motivada por racismo.
“É uma criança de 20 quilos, que acabou de entrar na escola. Nem que ela e o menino estivessem brigando, um pai teria o direito de reagir assim. A menina é doce, carinhosa, educada. Não há justificativa para tamanha violência. Essa menina vai ficar marcada para sempre”, disse a defensora ao site Campo Grande News.
O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.
Secretaria de Educação se manifesta
Em nota oficial, Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Campo Grande informou que repudia "todo e qualquer ato de violência de qualquer natureza" e que acompanha o caso.
Confira a íntegra do comunicado:
"A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que os fatos aconteceram na manhã de ontem (11), na unidade mencionada. De acordo com o que foi apurado, o pai do menino estava no portão de fora da escola e aguardava o filho entrar na sala, quando observou que a colega abraçou a criança e se dirigiu às crianças vindo a empurrar a menina a fim de afastá-la de seu filho.
Ainda conforme a direção, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi acionada e acompanhou o caso, sendo que a diretora e o homem foram encaminhados à delegacia, onde o caso foi registrado e está sendo investigado pelas autoridades competentes.
A Divisão de Acompanhamento Escolar (DAE) da Semed deu todo apoio à diretora da escola e às famílias, e está acompanhamento o caso.
É importante ressaltar que a Secretaria de Educação presta apoio e solidariedade aos alunos envolvidos e repudia todo e qualquer ato de violência de qualquer natureza e contribuirá com os órgãos competentes na apuração do caso".
Em nota oficial, Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Campo Grande informou que repudia "todo e qualquer ato de violência de qualquer natureza" e que acompanha o caso.
Confira a íntegra do comunicado:
"A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que os fatos aconteceram na manhã de ontem (11), na unidade mencionada. De acordo com o que foi apurado, o pai do menino estava no portão de fora da escola e aguardava o filho entrar na sala, quando observou que a colega abraçou a criança e se dirigiu às crianças vindo a empurrar a menina a fim de afastá-la de seu filho.
Ainda conforme a direção, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi acionada e acompanhou o caso, sendo que a diretora e o homem foram encaminhados à delegacia, onde o caso foi registrado e está sendo investigado pelas autoridades competentes.
A Divisão de Acompanhamento Escolar (DAE) da Semed deu todo apoio à diretora da escola e às famílias, e está acompanhamento o caso.
É importante ressaltar que a Secretaria de Educação presta apoio e solidariedade aos alunos envolvidos e repudia todo e qualquer ato de violência de qualquer natureza e contribuirá com os órgãos competentes na apuração do caso".
Fonte: Revista Forum
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