Com a proposta de conhecer as demandas e somar com o turismo de base comunitária da Reserva Extrativista Lago do Cuniã (Resex Cuniã), uma comissão da Prefeitura de Porto Velho, formada por técnicos da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho (Semdestur) e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), estiveram na comunidade na última semana (31).
De acordo com a Semdestur, a visita deve-se ao pedido da primeira-dama do município, Ieda Chaves, para ouvir as demandas das comunidades, com intuito de levantar informações necessárias para o alinhamento de ações para o fortalecimento da atividade econômica no Baixo Madeira.
Durante a visita, foi realizada uma reunião com os líderes das quatro comunidades existentes na reserva: Pupunhas, Araçá, Neves e Silva Lopes. Na oportunidade, foi abordada a atual situação do frigorífico de abate do jacaré-açu, que há 5 anos está paralisado, dependendo de regularização de documentação para retomada de sua atividade. Além do abate dos jacarés, as comunidades também trabalham com produção de farinha, açaí e castanha e realizam festividades folclóricas e religiosas, valorizando as múltiplas expressões culturais passadas de geração em geração.
Culinária regional é um dos destaques na Resex
Na oportunidade também foram debatidas as possibilidades de implementações que possam somar com as atividades econômicas das comunidades, como: linhas de crédito, necessidades de formatação da oferta turística, capacitações técnicas inseridas no contexto da identidade local, dentre outras pautas como formalização de documentos pertinentes à Associação de Moradores do Cuniã (Asmocun).
Tais iniciativas sugerem fontes alternativas de renda, baseadas em práticas sustentáveis, que envolvem a gestão participativa dessas populações tradicionais.
Para a secretária da Semdestur, Glayce Bezerra, estimular e fortalecer o turismo de base comunitária nas regiões ribeirinhas fazem parte dos projetos idealizados para impulsionar o desenvolvimento sustentável da atividade turística.
“Acreditamos no desenvolvimento sustentável do turismo e enxergamos o Baixo Madeira como um grande santuário natural, que emociona e faz com que o visitante saia de lá com um novo olhar sobre a Amazônia. Temos ao nosso lado, uma riqueza imensurável e que podemos criar alternativas turísticas únicas na nossa região”, comenta Glayce.
Para a criação da oferta de atividades sustentáveis para a comunidade, a Semdestur busca dialogar com instituições, como o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMbio), que faz a gestão da reserva juntamente com a comunidade local.
“Quero que o turista tenha uma experiência emocionante, como a que tivemos. Vimos uma revoada de biguás no meio do lago, provamos da culinária local e é indescritível o que vivemos”, completa.
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