Porto Velho, RO - O Governo de Rondônia está investindo R$ 502 mil do Fundo de Investimento e Desenvolvimento Industrial do Estado (Fider) na organização do 2º Festival Nacional do Tambaqui da Amazônia, que será realizado de maneira simultânea e inédita no próximo dia 19 de setembro, em Porto Velho, municípios do interior, nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.
O tambaqui é o mais importante produto da piscicultura rondoniense. O gestor da Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), Sérgio Gonçalves, falou sobre a expectativa governamental. “Esperamos ampliar o potencial de clientes em todo o Brasil, chamando a atenção para essa iguaria amazônica que é o peixe, hoje proporcionando muitos empregos no Estado”.
INICIATIVA E ENGAJAMENTO
Gonçalves elogiou as ações da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e da Associação de Criadores de Peixes do Estado de Rondônia (Acripar) no propósito de conquistar mercado consumidor. “Estão de parabéns pela iniciativa ousada de promover nosso produto fora dos limites do Estado”.
A atividade pesqueira é atualmente mais latente em duas regiões produtoras de Rondônia: a Central; onde se concentram pequenos produtores, e o Vale do Jamari; região onde se instalaram grandes empreendimentos, entre os quais, dois frigoríficos de beneficiamento de peixe em Ariquemes e outro frigorífico em Itapuã do Oeste.
Em Porto Velho e em Vale do Paraíso funcionam duas agroindústrias de pescados com o Serviço de Inspeção Estadual (SIE). Nelas, a piscicultura é uma atividade presente em muitas propriedades rurais, notadamente com a criação do tambaqui.
Segundo explicou Gonçalves, o propósito do Fider é o fomento das cadeias produtivas. “Nesse sentido, o Festival Nacional do Tambaqui agrega o incentivo a todas as fases produtivas do peixe, que vai deste a criação à venda, o que promove uma movimentação econômica benéfica ao Estado como um todo”.
VALOR NUTRICIONAL
Informes da Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) indicam o atual momento da piscicultura rondoniense, enfatizando que os peixes cultivados são mais seguros por terem uma alimentação balanceada e o enriquecimento das rações destinadas aos organismos aquáticos.
Feirante do Mercado Central, em Porto Velho, exibe o tambaqui fisgado no rio Madeira
“Eles representam a possibilidade de se agregar valor à piscicultura, por intermédio da produção de uma carne de qualidade superior para o consumo humano, atendendo a demanda de mercado”, conforme o documento.
Ensina também que peixes criados em cativeiro possuem mais ácidos graxos (gorduras) por se locomoverem pouco e receberem ração para engorda, o que exige do consumidor, a retirada de toda gordura aparente. Assim, conforme o relatório, os peixes representam uma fonte de proteína de alta qualidade, com menos gordura, e estão diretamente associados à saúde humana pelo seu efeito protetor.
ALTO VALOR NUTRICIONAL
De acordo da Seagri, há inúmeros benefícios em uma dieta com inserção do pescado no cardápio, como:
► Tambaqui, o mais produzido e consumido em Rondônia, está entre os peixes amazônicos com maior valor nutricional.
► Sua carne é rica, principalmente em proteínas de alto valor biológico, com vitaminas do complexo B, que são importantes para a saúde mental, pele, cabelos, melhora a digestão e absorção de nutrientes; fósforo que é um dos principais componentes dos ossos e dentes.
► Atua na contração muscular e tem uma função essencial para o bom funcionamento do organismo, ácidos graxos poli-insaturados, como Ômega 3 e Ômega 6, antioxidantes naturais que reduzem os riscos de câncer, previne doenças cardiovasculares, baixa o colesterol LDL (ruim) e aumenta HDL (bom).
Desta forma, o tambaqui, que é um produto em ascensão comercial, faz bem saúde econômica e biológica das pessoas. Sem contar que a comercialização promove importante divulgação da cultura amazônica e mais especificamente, a rondoniense. Pois se trata de uma espécie cujo habitat natural é, principalmente, as águas doces da bacia Amazônica e faz parte da gastronomia típica da região Norte.
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