O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) adapta a rotina da Mediação Tecnológica para atender os alunos nos 52 municípios e disponibilizar o conteúdo de mídia para suprir a demanda de toda a Rede Estadual de Ensino durante o período de pandemia.
De acordo com a gerente de Mediação Tecnológica da Seduc, Dani Brasil, todo o suporte de tecnologia direcionada à educação que já atendia a rede pública de ensino desde 2016, com vídeo aulas para alunos das turmas do ensino médio que moram em comunidades de difícil acesso, teve que se adaptar durante o período da pandemia, mas não parou. Segundo ela “a pandemia não foi motivo para interromper a Mediação, que tantos benefícios leva a alunos distantes até 800 quilômetros de Porto Velho. Como os estudantes dos municípios do Vale do Guaporé, na fronteira do Brasil com a Bolívia. Para eles, desde março de 2020, os professores reservaram conteúdos especiais e pontuais”.
ESTRUTURA
A Central de Mídias do Estado está localizada em Porto Velho, na área da Escola Estadual de Ensino Médio Major Guapindaia. A Mediação Tecnológica da Seduc tem uma estrutura de quatro estúdios, um deles equipado com uma lousa de vidro para facilitar as aulas das disciplinas que exigem o uso de cálculos, como matemática, física e química, entre outras.
Na Central de Mídias da Mediação Tecnológica são gravados conteúdos digitais direcionados a toda população
Mais de 50 servidores atuam no setor, sendo 26 professores ministrantes de 13 componentes curriculares do ensino médio direcionados a mais de seis mil alunos divididos em 325 turmas espalhadas pelos 52 municípios de Rondônia, administrados pelas 26 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), que são responsáveis pelas escolas de cada região.
ANTES DA PANDEMIA
Dani Brasil conta que antes da pandemia, as aulas aconteciam na modalidade ao vivo, em tempo real via satélite, no período da tarde, de 13 horas às 17 horas, com intérprete de Libras e interação via chat. Os alunos assistiam normalmente em sala de aula com a mediação de um professor presencial. As aulas seguiam a programação feita antecipadamente para cada conteúdo. Os vídeos feitos pelos professores sempre ficam à disposição dos alunos depois de publicados no canal da Mediação Tecnológica na internet, que atualmente possui 56 mil inscritos e podem ser acessados a qualquer momento.
Antes os exercícios relacionados a cada aula eram feitos durante o período em que o professor estava ministrando o conteúdo. “Mas com a pandemia tivemos que adaptar nossa rotina e precisamos mais de apoio das CREs, porque as aulas, que eram na modalidade presencial para os alunos passaram a ser totalmente remotas. Nossa maior preocupação é com os alunos que não tem acesso à internet por estarem em áreas de difícil acesso, zonas rurais, ribeirinhas, terras indígenas e comunidades quilombolas.
NOVA REALIDADE
“Nossos coordenadores das CREs tiveram que baixar os conteúdos gravados com antecedência aqui em Porto Velho, pelos professores ministrantes, e levar os exercícios impressos e o arquivo de vídeo nas casas dos alunos para baixar nos netbooks que eles já tinham para que as aulas não parassem. Foi difícil no início, mas conseguimos nos adaptar”, explica a gerente.
Com a pandemia, o conteúdo da Mediação Tecnológica (vídeo aulas) passou a dar suporte a toda Rede Estadual de Ensino devido a dificuldade de alguns professores com o processo de gravação em vídeo e adaptação a tecnologia. Com isso, atendendo um pedido especial do governador Marcos Rocha, os professores da Mediação Tecnológica passaram a gravar conteúdo também para as turmas do ensino fundamental, do 6º ao 9º anos, segundo o cronograma definido pela Seduc para esse público especifico.
NA PRÁTICA
Professores gravam conteúdo também para alunos do ensino fundamental
O professor doutor, Jéfferson Castro, é biólogo e técnico em agropecuária, responsável pelo componente curricular Noções Básicas de Agroecologia e Zootecnia (NBAZ).
A gravação das aulas são animadas para chamar a atenção dos alunos do ensino fundamental. Para o professor, “a única coisa que mudou com a pandemia foi a redução na intensidade da interação com os alunos que mesmo com o distanciamento social não parou. Essa interação continua via aplicativo de mensagens e vídeos encaminhados aos coordenadores das CREs. Os alunos aproveitam a rotina de produção no campo para tirar dúvidas, mandam vídeos e algo que está acontecendo na lavoura. Isso é muito positivo, porque estamos ajudando na pratica esse público que também não pararam de produzir, mesmo com a pandemia”, relata o professor.
QUALIDADE
Ainda segundo Jéfferson Castro, a Mediação Tecnológica na Seduc possibilita aos professores uma rotina de elaboração de aulas, com montagem de efeitos nos slides, exemplos e exercícios para envio à coordenação com antecedência das gravações em estúdio. “Quando não estamos gravando em estúdio, estamos elaborando aulas”, disse ele destacando o avanço positivo no sistema educacional, principalmente em relação ao conteúdo de qualidade repassado aos alunos.
“Contamos com muitos efeitos gráficos facilitando a compreensão do aluno”, explicou.
Outra questão, segundo ele, é a questão da segurança que a produção da Mediação Tecnológica dá ao professor. “Aqui na Central de Mídias temos a certeza que estamos mais seguros da contaminação do vírus da covid-19, por causa da sanitização regular que é feita aqui e também, o local está com acesso restrito ao público. Já tomei a primeira dose da vacina e já estou aguardando a segunda dose, assim como todos os outros colegas”.
INVESTIMENTO
A Central de Mídias vem recebendo também investimento do Poder Executivo com a instalação de 311 novos laboratórios de informática nas escolas estaduais e mais 87 em comunidades indígenas para reforçar a aplicação do conteúdo tecnológico.
Além disso, a Mediação Tecnológica é responsável ainda pelos aulões realizados pela Seduc, e transmissões ao vivo (lives) de toda a estrutura do Governo de Rondônia.
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