O Governo de Rondônia, por meio da Comissão de Promoção de Bem-estar e de Qualidade de Vida no Ambiente de Trabalho da Secretaria de Estado e Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), está realizando campanhas para aceleração do plano de vacinação e palestras sobre a “Importância da Vacinação em Tempos de Pandemia”.

Ministrada pela coordenadora estadual da covid-19 da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Flávia Serrano, a palestra on-line desta terça-feira (3) abordou os principais benefícios da imunização, além da eficiência e eficácia dos imunizantes contra o coronavírus.

Aliado às informações, a Agevisa lançou o plano de Aceleração da Vacinação com o intuito de lembrar da importância de completar o ciclo vacinal com a D1 (primeira dose) e D2 (segunda dose).

A coordenadora é biomédica enfatiza que desde o início da pandemia vem buscando conhecimentos para compreender as mutações e variantes do vírus da covid-19, reforçando que a vacinação é a única maneira de impedir que o vírus circule. “Quanto mais o vírus circula, maior a chance de nos contaminarmos com novas variantes. Se não dermos vazão ao vírus ele vai perder a força que tem”.

MARCA DA VACINA

“Todas as vacinas são eficazes”, reforçou a coordenadora, lembrando que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é composta por excelentes profissionais que estudam para comprovarem a ação de cada marca no organismo, tendo todas elas o mesmo objetivo.

O Governo do Estado vem trabalhando para distribuir em tempo ágil, todas as vacinas que chegam ao Estado em busca de avançar com a imunização de toda população. Com o aumento da vacinação houve uma queda grande nos positivados, e principalmente nos registros de óbitos. E para que a diminuição dos casos continue é importante que a população opte pela imunização.

IMUNIZAÇÃO

Flávia Serrano informou que a imunização protege tanto quem é imunizado quanto as pessoas próximas. “Quem opta por não receber a vacina contra a covid-19 está colocando em risco a sua saúde, da sua família e outras pessoas. Além de contribuir com o aumento da circulação do vírus”.



Palestrante abordou as variantes do coronavírus

Mesmo tomando as duas doses, não significa que a pessoa está totalmente imune de contrair a doença, pois cada organismo reage de uma forma ao processo de imunização. A coordenadora também ressaltou que não há no mundo nenhuma vacina 100% eficaz.

“Quanto maior o número de pessoas vacinadas, mais rápido iremos produzir a imunidade coletiva ou imunidade de rebanho. A vacina vai te proteger da forma grave da doença e do óbito, temos aqueles que desenvolvem boa formação de imunidade e não adoecem e também aqueles que criam resposta parcial e podem desenvolver casos leves/moderados”, disse, enfatizando também que a reinfecção é uma realidade e a vacinação tem como objetivo não desenvolver a forma grave da doença.

Sobre os casos de pessoas que morreram após tomarem as duas doses da vacina, todos estão sendo estudados e, a maioria deles foi casos de pacientes com comorbidades. “Quando isso ocorre, tudo é estudado. Histórico de saúde, marca e lote da vacina. Pois a pandemia chegou de repente e só agora estamos aprendendo como lidar e vencê-la”.

A coordenadora da Agevisa lembra sobre a vacina da Influenza H1N1. “Todos os anos tomamos a vacina da gripe, que é um vírus fatal e que estamos tentando combater há muito tempo. Aí precisamos avaliar: por que os casos diminuíram? Porque estamos nos cuidando e tomando a vacina para combatê-lo. Assim também será contra a covid-19”.

Durante a palestra, Maria Jucelandia dos Santos questionou a coordenadora sobre reações e se há algum estudo sobre efeito grave no processo de alergia quando se é imunizado com as vacinas contra covid-19. “Toda vacina e medicamento podem ter efeito adverso. E cada vacina pode ter uma reação, às mais graves devem ser notificadas para serem estudadas. Porém, comparada ao efeito do vírus da covid-19 no corpo, os efeitos adversos são muito pequenos”, respondeu Flávia Serrano.

Ela ainda alertou que não se deve avaliar os anticorpos por método laboratorial após a aplicação das vacinas porque, segundo especialistas, não existe até o momento definição da quantidade mínima de anticorpos neutralizantes necessários para conferir a proteção imunológica contra a vacinação.

A coordenadora reforçou sobre a necessidade de continuar se protegendo com uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social. “Graças a Deus, tudo está se resolvendo. Chegamos num ponto da pandemia que você poderia ter o dinheiro que fosse que não tínhamos nem lugar para internar. Nunca mais queremos viver isso, estamos vencendo aos poucos. Por isso, a importância de colaborar com esse avanço. Vacine-se”.