O Dia do Soldado, comemorado em 25 de agosto, homenageia o Patrono do Exército Brasileiro, o Marechal Luís Alves de Lima e Silva, mais conhecido como Duque de Caxias. Por isso a data é alusiva ao seu aniversário. Mal Caxias nasceu na antiga Vila de Porto Estrela (RJ), que foi anexada a cidade de Duque de Caxias em 1943, na baixada Fluminense.

O Exército Brasileiro tem grande importância em sua atuação no Brasil na garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais e cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social. Para isso, a Força Terrestre está em permanente estado de prontidão. Tem como missão ser um Exército capaz de se fazer presente, moderno, dotado de meios adequados e com profissionais altamente preparados para superar os desafios do Século XXI e respaldar as decisões soberanas do Brasil.

Patriotismo, dever, lealdade, probidade e coragem estão entre os valores do Exército Brasileiro tendo como um dos principais a capacidade de decidir e a iniciativa para tomar decisões, mesmo com o risco de vida ou de interesses pessoais, com o objetivo de cumprir sua missão, assumindo a responsabilidade por suas atitudes.

DEFESA DA AMAZÔNIA

A presença do Exército Brasileiro na Amazônia tem como principal foco a manutenção da soberania do país, afirma o general de brigada, Jorge Augusto Ribeiro Cacho, destacando que, atual comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva Forte Príncipe da Beira.

“Estamos nessa imensidão que se chama Amazônia e o soldado está para proteger as fronteiras, proteger e combater os crimes transfronteiriços, além dos crimes ambientais como desmatamento e queimadas, que tem recebido uma grande atenção do Exercito Brasileiro por meio da ‘Operação Verde Brasil’ fases 1 e 2″

Ele detalha que o projeto é uma ação governamental voltada ao combate aos incêndios e crimes ambientais na Amazônia. De acordo com o comandante, a Operação conta com a participação de órgãos estaduais e federais, desencadeando ações integradas de combate a incêndios em vegetação e repressão a delitos ambientais, por meio do monitoramento dos focos de calor.



Hoje, cerca de 5.150 militares atuam em 83 municípios da Amazônia Ocidental sob o comando da 17ª Bda Inf Sl

A área de responsabilidade desta Operação abrange os estados de Rondônia, do Acre e extremo sul do Amazonas. Além disso, ainda em andamento, a “Operação Samaúma” de combate ao desmatamento e aos crimes ambientais. “A própria característica da região exige que o soldado tenha uma formação específica para operar na selva, como é a Amazônia”, pontuou o general.

ATUAÇÃO EM RONDÔNIA

O Exército Brasileiro está presente em Rondônia desde o século XVIII (no Brasil Colônia) com a construção do Fortim de Nossa Senhora da Conceição em 1860 às margens do rio Guaporé, situado dois quilômetros acima do Forte Príncipe da Beira, no município de Costa Marques na fronteira do Brasil com a Bolívia.

A fortaleza é considerada a maior edificação militar portuguesa construída fora da Europa no Brasil Colonial, fruto da política pombalina de limites com a coroa espanhola na América do Sul, definida pelos tratados firmados entre as duas coroas entre 1750 e 1777.

Com as obras concluídas em 1783, o forte deu nome a 17ª Bda Inf Sl desde 1988, fazendo parte do 3º grupamento de fronteira que tem a responsabilidade de manter a integridade do país. A 17ª Bda Inf Sl tem atuação não só em Rondônia, mas também nos estados do Acre e Sul do Amazonas, totalizando 3.668 km de fronteira e uma área de 827 mil km². Para isso conta com um efetivo de 5.150 militares entre orgânicos e vinculados.



Independente das especializações ou áreas de trabalho, os soldados estão divididos em infantaria, artilharia, cavalaria, engenharia, logística e serviços

PANDEMIA

O Exército Brasileiro, tem como lema “Braço Forte, mão Amiga” e na área social, o destaque desde o início da pandemia, paralelo as “Operações Verde Brasil” 1 e 2 e “Samaúma” tem a “Operação Covid-19”, comandada pelo Ministério da Defesa em apoio aos Estados brasileiros.

Os militares sempre estiveram na linha de frente, liderando diversas situações como realização de testes rápidos nos diversos Drive Thru promovidos pelo Governo do Estado durante a ação “Mapeia Rondônia”, feita em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). “Nós aqui atuamos com o emprego de diversos recursos humanos nos Estados de Rondônia, Acre e sul do Amazonas que é a nossa área de responsabilidade. Fizemos a desinfecção de locais e órgãos públicos, hospitais, apoio na vacinação, transporte de pacientes com ambulâncias próprias do Exército e apoio durante a chegada de cilindros de oxigênio como foi o caso aqui de Rondônia”, detalhou.

SER SOLDADO

Independente das especializações ou áreas de trabalho os soldados estão divididos em infantaria, artilharia, cavalaria, engenharia, logística e serviços. Falando sobre a história o comandante reforçou a importância de valorizar a atuação do Duque de Caxias no Exército Brasileiro.

“Falamos soldado, mas mesmo subindo de patente todos continuamos soldados nas Forças Armadas. Soldado é quem defende a Pátria independente da graduação, todos os integrantes do Exército Brasileiro, homens e mulheres, que diuturnamente cumprem suas missões em todos os quartéis brasileiros”, reforçou.

DUQUE DE CAXIAS



Marechal Duque de Caxias patrono do Exército Brasileiro

A carreira do Duque de Caxias no exército durou cerca de 60 anos. Ele morreu em 1880, após grandes conquistas pelo país. Poucos sabem, mas Duque de Caxias começou carreira militar ainda bem pequeno, aos cinco anos de idade, como cadete de primeira classe. Aos 34 anos foi o responsável por apaziguar a região maranhense onde aconteceu a revolta da Balaiada.

Além dessa, foi vitorioso em várias rebeliões em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – como na revolta dos Farrapos. Por atuar junto a D. Pedro II, se tornou ministro da guerra por três vezes consecutivas.

A vitória conquistada de maior importância para o Brasil foi à da Guerra do Paraguai, em 1869, quando conquistou o título de Duque e a graduação de Marechal, patente máxima do Exército Brasileiro que é dada somente a um militar que comanda uma guerra, como foi o caso do Duque de Caxias.

Os valores e a disciplina de Duque de Caxias são cultivados pelos soldados até hoje. “Temos que reconhecer os nossos valorosos soldados que não medem esforços para defender a Pátria, que é a missão maior, nas operações para quais são designados seja na faixa de fronteira, na garantia da lei e da ordem, no apoio aos órgãos de segurança e no socorro à população em situações de calamidade, lembrando que assim como o patrono é preciso se entregar de coração a grandeza de missão de servir a sociedade, com sacrifício de sua própria vida, se preciso for”, reconheceu o comandante.

INGRESSO NO EB

Existem três formas de ingresso no Exército Brasileiro: como militar de carreira, mediante aprovação em concurso público de âmbito nacional; como militar temporário, por aprovação em processo seletivo realizado pelas Regiões Militares e pelo alistamento militar obrigatório. Todas as informações estão a disposição na página do exército na internet. (http://www.eb.mil.br/web/ingresso/como-ingressar?inheritRedirect=true)



General de Brigada, Jorge Augusto Ribeiro Cacho iniciou a carreira militar como cadete e comanda a 17ª Bda Inf Sl

SOBRE O COMANDANTE

O general de brigada, Jorge Augusto Ribeiro Cacho, é o atual comandante da 17ª Bda Inf Sl. Nasceu no Rio Grande do Norte e iniciou carreira militar no Exército Brasileiro como cadete formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) na cidade de Resende no Rio de Janeiro. “Formei em 1988 e já percorri vários estados do país, servindo o Exército Brasileiro, fui subindo de patente desde tenente a coronel e no ano passado fui promovido general de brigada. Desde dezembro estou comandante da 17ª Bda Inf Sl, em Porto Velho, Rondônia”, salientou o comandante ao falar do orgulho de fazer parte das Forças Armadas Brasileiras.
contém áudio para rádios nas palavras destacadas

*Na reportagem de amanhã, será abordada a atuação dos soldados da Aeronática, responsáveis por manter o controle aéreo do território nacional.